Agradeço em primeiro lugar ao Universo e
suas energias por me guiar por caminhos, muitas vezes incertos, mas que me
trouxeram onde estou. Às condições materiais e seus caminhos palpáveis, nem
sempre palatáveis que até aqui trilhei. Um salve para a minha mãe, que a
despeito das inúmeras contradições, foi quem me ensinou a ter empatia e a
importância de desejar ao próximo o mesmo bem que desejamos a nós mesmos. Devo
a ela as bases iniciais do que reivindico ser a minha opção marxista,
humanista. Um abraço querido na minha avó, razão primeira da nossa vinda há
quase vinte anos atrás para o Brasil. As implicâncias e brigas sempre foram
demonstrações reversas de amor. À memória do meu tio Léo, que sempre acreditou
em mim. Ao Tio Walter, Ari e Netinho. À memória da Tia Maria Regina, do Tio
Waldir e da Tia Santa. À minha filhota, Maria Flor. Não existem palavras
capazes de mensurar a importância, o carinho, o respeito que tenho por ti minha
pequena. “olha só ‘loirinha’ do cabelo enroladinho/vê se olha com carinho pro
nosso amor/eu sei que é complicado amar tão devagarinho/e eu também tenho tanto
medo/eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando/ mas se a gente vai
juntinho, vai bem/eu não sei se você sabe, mas eu ando aqui tentando/ e a gente
tem um eterno amor de além/”.
À minha irmã querida, Jaqueline Talga. Bem sabes que o que tenho
para lhe dizer não cabe em uma página. Não cabem neste parágrafo, tantos anos
de amor sincero. Transbordaria pelas linhas nossas lágrimas e muito mais nossas
risadas. Encheriam todas as páginas os aprendizados ao teu lado. O movimento
estudantil, os projetos de extensão, o movimento sem-terra, as viagens, o
mestrado, os amores, as pelejas. As noites incontáveis sem dormir, os litros de
café e os maços de cigarro. Se não fosse por você eu nem tinha ido pro Sul, né?
Você inclusive me trouxe uma amiga nova. À Sol, mulher forte, guerreira e doce.
Decidi que seria sua amiga antes mesmo de lhe conhecer e não estava enganada.
Nunca perca esta chama que lhe move. (Somos uma trinca imbatível).
À minha marida. Você sabe que não teria chegado até aqui sem o seu
apoio incondicional, sem os seus puxões de orelha e o colo nos momentos de
desespero. O embalo da Flor, quando no outro dia cedo eu tinha prova e ela
insistia em não dormir. Minha eterna gratidão. À Morgana, pela amizade sincera,
de tantos anos. Por entender minhas ausências. Por não atender ao telefone e
compreender quando eu também não atendo. Pelas noitadas, pelo colo, pelo rock’n
roll. Te amo mulher! À Daiane, linda menina, repleta de luz! Perdoe-me por
tantas faltas. Sabes que meu pensamento por ti si eleva. Aquelas que por razões
diversas se afastaram, mas que nem por isso fizeram sumir em mim o amor por
elas, Jaqueline Olina e Maria Cristina. Gabriel, aprendi contigo que amor é
liberdade. Você sabe onde me encontrar... Ao Rafael, que em um período difícil
da minha vida me ensinou amor próprio. Doeu. Sobrevivi.
Aos amigos distantes. Paula, sinto imensas saudades, mas o
universo gira e quem sabe não iremos morar na mesma cidade outra vez, na beira
do mar? Alê, do coração gigante, muito brava, mas na maioria das vezes aflita
com o bem estar do próximo. E o Alê também! Companheiro de café e de prosa.
Mandita, que chegou onde quis com sua garra e determinação. À Andréia, que
sempre me apoiou. À Riciele, que mesmo morando tanto tempo em terras
paraguaias, permanece sendo uma das melhores amigas que tenho. Um abraço para o
João Evaristo, o Thiago e o Júlio. Ao André, que mesmo longe me fez companhia
por várias e várias madrugadas, compartilhando músicas e carinho! Game over,
lindo!
À Toca da Coruja. Foram muitos anos, muitos moradores.
Compartilhar com vocês durante tanto tempo a minha gestação e os anos iniciais
da Maria Flor foi de extrema importância para seguir acreditando em um mundo
diferente, justo e igual. Núbia, Luana, Roni, caso não saibam meu amor e
gratidão por vocês.
À Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST/PSOL), por nunca me
deixar esquecer que somos povo e que é ao lado dele que devemos lutar. Não há
meio termos, não há aliança com a burguesia. Patrões e trabalhadores não podem
estar do mesmo lado, a não ser que um deles renuncie aos seus interesses de
classe. Hinu, Gabi, Ivo, Léo, Drits, Carlos, muito obrigada pelo
companheirismo. Lili, minha querida, você sabe que te amo e te respeito. Ainda
militaremos lado a lado, em conjunturas mais favoráveis, espero eu, no
movimento sindical. Tutu, love you. Aos companheiros de longe, Rubens, Marco
Antônio, Junior Silaedson, Pedro Mara, Mari Bô, Adriano, Esther, Rubens, Paula
Alves, Yuri Alves e tantos outros.
Às amigas que fiz no decorrer da graduação. É verdade que não
foram lá muitos. Acho que sempre fui muito sectária ou estranha. Fica aqui a
auto-crítica. Lucília, minha querida amiga que sempre estudou comigo e me
socorreu antes das provas, dos trabalhos e de tudo mais. Muito obrigada! À
Cássia, que me entupia de chocolates quando grávida e que mimava a Flor. Ganhei
uma amiga! À Carol Cadima, muita luz em sua nova caminhada. Thais, tenha juízo!
Meu muito obrigado a todos do Pibid. Estar ao lado de vocês foi excepcional e
me trouxe muito aprendizado.
Aos companheiros da gestão 2007 do DCE- UFU, bem como das mulheres
mais que especiais da gestão 2008, que mesmo com toda peleja, levaram até o fim
aquilo a que tínhamos nos proposto. Ao Coletivo Viramundo. Aos militantes de
esquerda da UFU (sim a esquerda ainda resiste) que mesmo em outras tendências
ou organizações se encontram na luta. Salve Marcolino, Bruna, Flávia, Mário,
Ricardo, Vilmar, Antônio, Raíssa e tantos outros que não cabem aqui. Há que se
construir a unidade. Sozinhos nada somos!!
Àqueles que extraíram minha mais valia e que enfim, pagaram um
salário com o qual sobrevivia. Foram as contradições da luta de classes que
forjaram muito do que hoje sou. Não sei se viverei para ver o fim de cada um de
vocês, mas sei que, quando nos unirmos, vocês não resistirão.
Se existem protocolos nos agradecimentos, peço desculpas. Gracias
à Arnaldo Antunes, AC DC, Caetano, Calle 13, Gil, Mallu, Marisa, Ozzy, Deep
Purple, Metallica, Bethânia, Chico, Criolo, Emicida, Racionais, Milton, Eddie,
Paulinho, Coldplay, Lenine, Otto, Pedro Luís e tantos outros. Queria ser amiga
de todos. Uma pena.
Aos professores e técnicos administrativos do Instituto de
Ciências Sociais. Aprendi com todos, quer seja por intermédio da admiração ou
da indignação. Um carinho especial à Marili, que me ajudou em diferentes
momentos. Todo o meu carinho, admiração e agradecimento à Patrícia Trópia,
minha orientadora. Graças a minha procrastinação eterna, ela partiu para o pós
– doutorado antes que este trabalho tivesse um fim.
Meus agradecimentos sinceros ao meu pai teórico, Edílson. Sim,
sim, a culpa é sua. Assumo a minha parte, mas a culpa maior é sua. Muito
obrigada, por sempre ter acreditado em mim, por me apoiar, por me implicar e
por assumir esta orientanda maluca, com prazos insanos. Por me orientar por
telefone às vésperas da minha entrevista da UFRGS, enfim, por tudo.
À Maria do Socorro, que além de ter sido uma professora especial,
sempre se preocupando com o bem estar de toda a turma, aceitou o convite para
compor a minha banca. À Ana Maria Said, mulher linda, inteligente e guerreira,
que por intermédio do seu grupo de estudos, contribuiu imensamente para a minha
formação. Obrigada por compartilhar comigo este momento.
A quem eu possa ter esquecido e que aqui
mereça estar, perdoem a minha memória falha. Excesso de café.
À classe trabalhadora à qual pertenço. Este trabalho é nosso.
Vamos à luta!!!